Os Primeiros Passos para Criar um Negócio

Mai 26, 2022

Estratégias essenciais para quem quer saber como criar um negócio no meio online e offline.

Nunca se ouviu falar tanto em criação de negócios como atualmente. A pandemia levou milhares de projetos a sair das gavetas, inclusive o meu, e isso trouxe novas exigências e desafios para o mercado.

Qualquer pessoa pode criar um negócio, mas certamente que nem todas têm o perfil para lhe dar continuidade. E está tudo certo com isso. 

Há pessoas que têm uma veia empreendedora demasiado acentuada desde sempre. Outras que nunca tinham pensado no assunto até determinado momento das suas vidas. E outras que criaram algo e simplesmente não tiveram o resultado esperado.

Independentemente do teu histórico dentro do empreendedorismo, acredito que se estás a ler isto neste momento, sentes que chegou a hora de saber mais sobre como criar um negócio ou reavaliar o que tens atualmente.

Ao longo deste artigo vais encontrar muito daquilo que é a minha realidade. Não te trago fórmulas mágicas e intocáveis. Contudo, espero que a aprendizagem que leves daqui te sirva para novos insights e testes.

Em primeiro lugar, gostava de citar uma frase que ouvi há pouco tempo:

“Os bons negócios são aqueles que mudam todos os anos. Os maus negócios nunca mudam.” – não podia estar mais de acordo!

E porquê falar nisto? Porque se vais criar um negócio precisas de estar consciente de que a mudança vai fazer parte o tempo todo.

É fundamental desenvolveres um espírito de flexibilidade e adaptação constante pois o mercado está em constante upgrade e, tudo gira em torno disso. 

Por isso selecionei cinco etapas importantes para estruturares um negócio, seja de que área for:

1. Compatibilizar as necessidades de mercado com as próprias competências

Este é um daqueles passos facilmente descurados e que podem deitar por terra qualquer ideia de negócio.

Importa muito estudar o mercado para identificar as lacunas que existem e, com base nisso, criar uma oferta útil e irresistível. Claro está que isto não é suficiente! Esta mesma oferta, sendo um produto ou serviço, precisa de ser validada por conhecimento e experiência no assunto para que assim seja possível entregar algo com qualidade inquestionável.

Alerto ainda para que este ponto não seja deixado de lado ao longo do tempo. Mais uma vez lembro que o mercado muda frequentemente e, nós também vamos evoluindo junto com a nossa expertise.

Manter ambos alinhados permite ajustar a oferta, direcionando-a cada vez mais para o público certo.

2. Desenvolver um plano de negócios para 12 meses

Sou suspeita, mas adoro sentir a pressão dos timings! Sem datas marcadas, os planos saem furados e nada acontece. Para quem tem ou pretende ter um negócio, isto não é viável.

Quando assumimos um objetivo, precisamos de o contextualizar na nossa agenda e traçar todo o passo a passo necessário.

É por isto que para mim funciona tão bem olhar a 12 meses! Gosto de dividir o ano em quatro blocos, que no caso correspondem aos trimestres, e a partir daí mapear todas as ações a concretizar.

Este plano de negócios precisa de estar apto a mudanças, a qualquer momento, sendo que um dos pontos chave é identificar indicadores de performance para que possamos analisar detalhadamente o que funciona e vice-versa. Desta forma garantimos que estamos em cima do acontecimento para novos ajustes sempre que tal for preciso.

3.Ter uma reserva financeira para investir nas prioridades da fase inicial

Logicamente que não apelo a dívidas que coloquem alguém num estado financeiro vulnerável, mas lembro que investir no negócio, seja em tempo como em dinheiro, acelera muito os resultados.

Havendo a possibilidade de colocar dinheiro de lado durante alguns meses, pedir um adiantamento a algum amigo ou familiar, ou até mesmo encontrar uma situação vantajosa junto com um banco, qualquer uma das opções é válida.

A fase inicial de um negócio é realmente crítica e, ainda que seja possível dar a volta a qualquer momento, é importante começar com um bom mindset, entrando desde o início num caminho de prosperidade e abundância. E isto pode muito bem ser acelerado com dinheiro bem aplicado nas situações prioritárias e, logo que exista retorno, voltar a investir em novas camadas de necessidades.

4. Testar a versão mais simples do produto ou serviço

Também conhecido como “produto mínimo viável”, esta é a melhor forma de testar com o menor número de recursos possível. Aplica-se tanto a produtos como a serviços e, tem como objetivo ir melhorando a oferta continuamente.

Numa fase inicial é muito comum perdermos tempo com pormenores não tão importantes quanto isso, e no decorrer do caminho, percebemos que queimámos tempo desnecessariamente. Desta forma, testar uma versão simples pode validar uma ideia em estado embrionário e, mais importante de tudo, reconhecer se o público identificado inicialmente é, de facto, o público pretendido para comprar.

Ainda que os meus produtos e serviços atuais estejam em constante evolução, gosto de comunicar a “versão 2.0” sempre que se justifica. Assim, consigo criar buzz em torno dessa mudança mais significativa e, concentrar as atenções da audiência para a novidade que estou a preparar nos bastidores. 

5. Fazer prospeção ativa de mercado com potenciais clientes.

Gosto particularmente desde ponto porque envolve a comunicação mais direta com as pessoas. É assim que as melhores parcerias acontecem: quando ambas as partes estão disponíveis para agregar valor mutuamente. 

A partir do momento em que lanças (ou pretendes lançar) um produto ou serviço, podes estruturar uma lista com pessoas que já conheces e que apresentam ter o perfil pretendido para essa mesma oferta. 

Prepara o pitch de vendas com uma comunicação clara e objetivo sobre os benefícios proporcionados através desse produto ou serviço e, porque acreditas que aquela pessoa deveria comprar. Ainda que este contacto seja feito por iniciativa tua, passa igualmente uma mensagem de exclusividade pois tiveste o cuidado de a contactar de forma personalizada.

E mais importante do que qualquer passo, acredito que a vontade de fazer acontecer é maior que tudo o resto!

Quando queremos, arriscamos. Quando queremos, vamos atrás. Quando queremos, viramos o mundo ao contrário porque sabemos que o caminho é aquele.

Os bons negócios podem não nascer das melhores ideias, mas certamente que se mantêm e expandem por grandes propósitos.

Espero que encontres o teu pois a partir daí, nada te impedirá de voar sem limites.