Tudo o que envolve escala requer estratégia e, com o conteúdo não é diferente. Contudo, importa perceber que aumentar a distribuição de produção de conteúdo vai muito além de reforçar o número de publicações nas redes sociais.
Porque digo isto? Porque tudo é conteúdo. Tudo envolve conteúdo – desde aquilo que publicamos nas redes sociais até aos produtos e serviços que vendemos.
A história da marca espelha-se em tudo o que é lançado por ela e, é fundamental manter coerência entre todos os pontos para que seja criado o efeito memória no público. Assim, quando algo da marca surgir, as pessoas reconhecem automaticamente a origem daquilo.
Numa era em que existem milhões de pessoas a produzir conteúdo nas redes sociais em simultâneo, o desafio de conquistar a atenção da audiência passa a ser bem maior. Precisamos, então, de aparecer nas plataformas digitais em maior escala, adaptando a nossa comunicação e posicionamento a cada uma.
Estar em diferentes canais de comunicação com um bom marketing de conteúdo a ser trabalhado, traz inúmeras vantagens para a marca, nomeadamente:
NOTORIEDADE
Uma marca capaz de estar presente em várias plataformas digitais, de forma coerente e estruturada, potencia muito mais a sua autoridade no mercado pois começa a ser reconhecida numa perspectiva muito mais profissional.
PARCERIAS
A criação de vínculos com outras marcas permite um crescimento justo e nivelado para ambas as partes, e faz todo o sentido trabalhar este público caso exista alinhamento de valores e objetivos.
FIDELIZAÇÃO
Quanto mais conteúdo o público consumir da marca, mais fiel a ela se torna. Começam a ser criados hábitos de consumo nos diferentes canais de comunicação e, as pessoas sentem que não querem perder nada do que se passa com a marca.
VENDAS
A escala de conteúdo em diferentes plataformas é um excelente potenciador de vendas pois nesse caso, a marca trabalha a confiança e visibilidade no mercado, o que é decisivo para alguém querer investir na mesma.
O “efeito batata frita”
A par de tudo isto, importa lembrar que todo e qualquer conteúdo (seja em que formato for) precisa de causa o “efeito batata frita”, tal como adoro chamar ao conteúdo viciante.
Da mesma forma que ninguém abre um pacote de batatas para comer apenas uma – de tão viciante que é – também não queremos que as pessoas consumam apenas um conteúdo nosso.
Queremos que elas consumam o máximo possível, pois dessa forma, aumentamos a possibilidade de se conectarem connosco e, mais tarde, comprarem de nós.
Para que este sentimento seja despertado, é necessário olhar para a produção de conteúdo como se de uma série televisiva se tratasse.
Isso requer cuidado e atenção na experiência do consumidor pois envolve o estímulo de sentidos humanos, tornando assim o conteúdo muito mais dinâmico e contextualizado.
Então, sempre que um conteúdo é produzido, devem ser tidos em conta pormenores como:
- Cenários
- Texturas
- Sons
- Cheiros
- Frases
- Aromas
- Músicas
- Elementos
- Palavras
- Entre outros…
Garantir uma experiência impactante no consumo do conteúdo faz toda a diferença na forma como a marca se posiciona.
4 estratégias para escalar a produção de conteúdo
Vou agora partilhar 4 estratégias que aplico na minha marca e me permitem escalar conteúdos desde o início do meu negócio.
1) Elaborar um mapa de conteúdos.
Planear é a base de tudo. A partir do momento em que encontramos a plataforma certa (ex.: Trello, Excel, Notion, entre outros) para nos ajudar a organizar o conteúdo, torna-se muito mais simples definir uma estratégia de escala onde enquadramos tudo o que é produzido.
Este mapa deve incluir os temas a abordar, as redes sociais a trabalhar, os objetivos e formatos dos conteúdos e, as métricas para avaliar a performance dos mesmos.
2) Reaproveitar o conteúdo produzido para diferentes formatos.
Quanto mais conteúdo for produzido, mais pode ser reaproveitado. Se existe um script de uma live pronto, pode ser utilizado como ponto de partido para várias sequências de stories no Instagram para maior aprofundamento do assunto, por exemplo.
O material entregue num desafio de 30 dias pode, e deve, ser convertido num curso express para rentabilizar o tempo e dinheiro investido a produzir tudo pela primeira vez. E por aí vai… A lógica é sempre esta.
3) Construir equipa para um processo mais estruturado.
Sou genuinamente fã do trabalho em equipa e, para mim, pensar numa estratégia de conteúdo em escala significa reunir talentos e competências diferentes para cumprir um objetivo maior.
A equipa que colabora na produção de conteúdo de uma marca precisa de apresentar expertise no âmbito do copy, design, multimédia, publicidade e estratégia, essencialmente.
Cada caso é um caso e, tudo depende das necessidades e expectativas que as marcas têm, mas diria que um conjunto destes é meio caminho andado para que tudo resulte.
4) Investir no macro conteúdo.
Todo o conteúdo produzido com a finalidade de ser consumido com maior duração – ex.: Email Marketing, artigos de Blog, vídeos no YouTube, entre outros – deve ser desconstruído para canais de comunicação mais pequenos – ex.: Instagram, LinkedIn, Pinterest – para que não seja necessário criar constantemente novo conteúdo.
O ideal é conhecer o comportamento do público em cada plataforma e, adaptar o conteúdo já existente.
Para que estas estratégias sejam verdadeiramente eficazes, devem ser trabalhadas em simultâneo e potenciadas com investimento em publicidade online e SEO.
Assim, a marca garante que o seu conteúdo é entregue a cada vez mais pessoas e, com isso, alcança os resultados desejados.